Chegando a casa, vimos aquele clarão no céu. Era lua cheia, bem grande e imponente. Foi aí que meu irmão soltou: “nossa casa tem vista pra lua”. Fantástico isso, não?
Pode parecer óbvio, mas faço questão de dizer que foi meu irmão pequenino quem disse isso. Uma frase que por vezes pareceria boba, mas que demonstra toda a ingenuidade da criança de ainda falar coisas aparentemente ilógicas.
Quem se interessaria por uma casa com vista para a lua? Qual seria o corretor que anunciaria seu produto tendo essa opção de paisagem? Tenho certeza de que muitas crianças seriam atraídas por um anúncio desses, porém não são elas que ditam essas coisas. Os adultos, figuras que realmente decidem a localização de um lar, por exemplo, não se interessam por luas. Muitos até fingem gostar do mar, da mata - são raras as vezes que se lembram de que há tudo isso lá fora.
O gosto pelas coisas banais da vida parece ser inversamente proporcional ao tamanho. À medida que o homem vai crescendo, deixa de lado a capacidade de apreciar as coisas simples. A criança é considerada crescidinha quando já fala o que os adultos querem ouvir: aquelas coisas ilógicas dão lugar às construções pragmáticas. Crescer é parecer um pouco mais coerente para o mundo.
Não sinto nenhuma vontade de ser totalmente compreendida. Se parecer lógica é apenas afastar-se do êxtase que trazem as coisas mais ordinárias, podem me considerar insana. Tudo isso só vai provar que a sociedade ainda corrompe o homem. E sempre.
Pode parecer óbvio, mas faço questão de dizer que foi meu irmão pequenino quem disse isso. Uma frase que por vezes pareceria boba, mas que demonstra toda a ingenuidade da criança de ainda falar coisas aparentemente ilógicas.
Quem se interessaria por uma casa com vista para a lua? Qual seria o corretor que anunciaria seu produto tendo essa opção de paisagem? Tenho certeza de que muitas crianças seriam atraídas por um anúncio desses, porém não são elas que ditam essas coisas. Os adultos, figuras que realmente decidem a localização de um lar, por exemplo, não se interessam por luas. Muitos até fingem gostar do mar, da mata - são raras as vezes que se lembram de que há tudo isso lá fora.
O gosto pelas coisas banais da vida parece ser inversamente proporcional ao tamanho. À medida que o homem vai crescendo, deixa de lado a capacidade de apreciar as coisas simples. A criança é considerada crescidinha quando já fala o que os adultos querem ouvir: aquelas coisas ilógicas dão lugar às construções pragmáticas. Crescer é parecer um pouco mais coerente para o mundo.
Não sinto nenhuma vontade de ser totalmente compreendida. Se parecer lógica é apenas afastar-se do êxtase que trazem as coisas mais ordinárias, podem me considerar insana. Tudo isso só vai provar que a sociedade ainda corrompe o homem. E sempre.