segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

...o pato

Trouxemos um pato do interior. Soa até como um pato retirante. Apesar de não ter vindo com aquela típica malinha de couro, ele veio numa caixa, apertadinha, como tantos outros amigos de seus antigos donos.
Só me deu pena do pato por criar falsas esperanças no bichinho. Vindo para a cidade grande, o animalzinho pode pensar que seu destino mudou, que agora vai prosperar. Pobre patinho, mal sabe ele que seu fim será o mesmo independente de onde esteja: vai pra panela!
O bichano está “hospedado” na minha tia: recebeu ração e até banho – não me pergunte como nem por que. É o típico pato brasileiro: pode até ganhar uns luxozinhos, mas no final se dá mal como sempre.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

...às vezes, crescer é bom

Às vezes crescer é bom, sabia? Seriedade é bom pra você não se tornar alguém desprezível, que nunca fala sério, coisa com coisa; e vai levando a vida, na brincadeira, sem perceber que a vida está exigindo cada vez mais de você. "Amanhã eu acerto contigo". E passam dias. E as mudanças vão acontecendo. E você sempre deixando pra depois. Mas algum dia você vai ter de pagar a conta, querendo ou não. E você pode acabar sendo forçada a pagar, de tal maneira que ficam marcas permanentes. Pobre cliente. Poderia ter acertado desde o inicio, mas ficou aí enrolando, embromando, e agora se vê sem saída: pagar ou pagar. E a vida pode perder a graça. Você poderia ter pagado e continuado feliz, mas não, preferiu curtir com tudo, até com a bendita conta, e agora vai se ferir por não saber o tempo das coisas.