sábado, 28 de novembro de 2009

...felizardo

Quão feliz não é um felizardo. Pode parecer redundância, mas na terra em que Feliciano passa fome, qualquer esclarecimento não é mera repetição. Falo de felicidade pelo dia de hoje. Sabes que notícia ruim chega logo. Venho te contar que a notícia boa, porém, tem de ser buscada. Tens que ir, perseguir. Não só procurar a notícia, mas fazer com que ela aconteça.
Ouvi de uma estrela uma vez, que tudo na vida é um eterno plantar e colher. Você vai colhendo o que vai plantando. Coisas boas. Coisas ruins. Já percebeu que nenhuma plantação nasce da noite para o dia? Pois é.
Mas, às vezes, o cotidiano lhe absorve de tal forma que você esquece que plantou – ou está plantando, essas conjugações geram tantas interpretações – e, de repente, se depara com uma bela e grandiosa plantação, daquelas de encher os olhos e calar a boca. Nenhuma palavra se faz necessária.
E foi felicidade. Uma grande felicidade. A felicidade de saber que chegamos – sim, no plural! Porque o terceiro do plural é sempre mais forte – a um ponto inimaginável anteriormente. Nem eu, nem tu, nem o mundo cogitava essa possibilidade. Mas aconteceu – apesar de “aconteceu” não ser a melhor palavra para se materializar o que estou pensando. Ah, deixemos de lado o meu pensar, caro Felizardo.
Só me resta calar. Barriga vazia, sorriso no rosto.

3 comentários:

Camila disse...

Melhor que o simples "aconteceu". Fizemos acontecer.

ALUISIO CAVALCANTE JR disse...

Acredito que mais do que nuca, os tempos atuais precisam de semeadores.
Semeadores de sonhos, de amizades, de afetos...
Há os que desanimam pelo caminho.
Talvez pelo fato de quererem colher o que foi plantado.
Mais o muito que semeamos será colhido pelos que vem depois de nós, e que muitas vezes, nem conhecem o valor do amor que semeamos.

Semana de sonhos para ti.

Anônimo disse...

Não, não. Tenho um teoria diferente. Acho que todos tem um momento que resolvem "semear".
Acho que a maioria se esquece como colher, isso sim. Se conformam com o que já têm. Se esquecem como colher (não tem novela sobre isso).
ô