sexta-feira, 10 de outubro de 2008

...até tu, brutus

Às vezes tenho vontade de produzir aquelas frases de efeito, catalogadas em sites de “grandes pensamentos”. Hoje, tentei uma dessas... “Até o céu perde suas estrelas”. O engraçado foi que, assim que publiquei esta frase como nick no bate-papo, um amigo veio e pediu para que eu pensasse sobre o inverso: as estrelas também podem perder seu céu.
Estranho. Real. Acostumamo-nos a ver diariamente as coisas acontecerem do mesmo jeito. Uma repetição que parece infinita, apesar de termos consciência de que conviver com as pessoas, no mesmo espaço, não dura para sempre. Mas automaticamente passamos a crer que as coisas sempre serão como são.
Chega um dia que, enfim, algo muda. Quando somos avisados de que a mudança vai ocorrer, sentimos, mas não compreendemos. Ou talvez seja o contrário, compreendemos, mas não sentimos. Só cai a ficha, realmente, quando o bom e velho cotidiano deixa de existir ou é alterado. Com o passar das horas, as coisas vão sendo como não eram.
As estrelas são o brilho do céu. Mas elas também se vão. Enquanto estamos aqui, observando-as, elas já estão se organizando para partir ou, talvez, já tenham ido. Mas nós só percebemos a ausência das estrelas quando elas realmente já foram. E se... até o céu, que - teoricamente - não se preocupa com o tempo, compromissos, interesses, ambições, velhice ou estética, deixa suas estrelas partirem, todo o resto é, no mínimo, aceitável.
Porém, não sei nem por onde começar se a questão for as estrelas que perdem seu céu...

3 comentários:

@paulapaulapaula_ disse...

eu seeei!
essas estrelas que perdem o céu, e com ele todo o sopro de imensidão, caem, mas não perdem o brilho
- às vezes elas postam em blogs, sabe ;)

mariana oliveira disse...

É...
Se Forem as Estrelas a perder o céu também não sei te dizer ;D

Belo Texto!

Anônimo disse...

eu sei, eu sei!
Essas estrelas que perdem o ceu vao pros estados unidos!
Mas um dia, talvez, alguem as mande de volta. Adorei o texto, muito obrigado!
Nao precisava...