sábado, 20 de setembro de 2008

...ditadura do X

Uma das coisas que não consigo entender é a perseguição desta sociedade por encontrar o bendito (ou maldito, dependendo do ponto de vista) do “x”. Desde o ensino fundamental, nossas ingênuas crianças são obrigadas a isolar esta incógnita acreditando na justificativa de que seu valor é o resultado. Traduzindo: acerta quem deixar o “x” sozinho de um lado.
Esta é uma visão que contradiz até mesmo o que a escola, enquanto instituição de ensino, prega. Os valores mais visados por uma escola séria se referem justamente à socialização, respeito, contribuição para o crescimento da coletividade. Daí nos deparamos, em sala de aula, com uma visão individualista de isolar o “x”, rejeitá-lo, como se ele fosse algo maligno à sociedade, uma droga.
Neste século de horrores, cansamos de escutar os incentivos ao trabalho coletivo como ferramenta para solucionar os grandes problemas globais. Fome. Aquecimento global. Guerra. AIDS. Para todos esses problemas é necessário o esforço coletivo, de todos, de tudo. Então, somos novamente forçados a olhar de maneira capitalista, para o espelho e não através dele; somos novamente empurrados aos cálculos absurdos que resultam em um único ato: isolar o “x”.
Se equações matemáticas são tão bonitas, complexas, imponentes, por que não deixá-las na forma original? Sem alterá-las, contribuiríamos para o bem social, estaríamos pensando e agindo pelo coletivo.
O “x” sendo uma incógnita, não é compreendido. Por isso, talvez, seja isolado do meio, assim como nossa sociedade faz com aqueles que não se adequam ao “padrão”. Se for tão difícil entender esta – que parece ser uma – inofensiva letra, contratemos um psicólogo ou um psiquiatra para acompanhá-la, mas chegar ao caso de isolamento é demais, inaceitável.
Vivemos em uma ditadura. Chamem do que quiser. Para mim, é a “Ditadura do X”. E não é de Xuxa, como muitos baixinhos podem pensar.


OBS: não me leve tão a sério...

Um comentário:

@paulapaulapaula_ disse...

precisamos, então, integrar o 'x' >)
bão demais! tu conseguiu deixar altamente viajante e, ainda assim, conclusivo, rayray =]
tava na hora mesmo de um blog, hein? :D